Redação / quinta-feira – 21 de novembro de 2019
Com o aumento progressivo da vazão de Xingó desde segunda, hoje foi finalizada a
movimentação da Luzitânia em direção ao ponto de docagem onde poderá ter sua manutenção realizada com mais segurança
Como programado, desde segunda feira que as vazões defluentes de Xingó vinham sendo aumentadas (valores próximos àqueles regularizados anteriores ao ano de 2013) para atender às necessidades de movimentação da canoa de tolda Luzitânia.
Aproveitando a média maior de ontem, quarta-feira, para ganho de tempo e maior tranquilidade na operação, foi iniciada a movimentação progressiva da Luzitânia, junto com seus calços, em direção ao ponto definitivo onde ficará apoiada para os trabalhos de manutenção.
Na manhã de hoje, quinta-feira, o pico da vazão ocorreu por volta das 10:00 hs, quando foi ajustado o primeiro calço (de três) na zona da proa da Luzitânia, que foi puxada ainda mais para terra, de modo a já ficar apenas com suas meia nau e popa flutuando.
Diferentemente do aumento da vazão, a sua redução foi rápida. Em algumas horas, já no meio da tarde, a Luzitânia já se encontrava apoiada nos demais calços. Manobra concluída.
Os próximos passos: um diagnóstico extenso do casco (prioridade da manutenção e reparos, para que a canoa tenha condições de flutuação em caso de algum aumento de vazão importante) e afinamento do planejamento padrão que já temos para tais atividades.
Acompanhe abaixo, pelas imagens, alguns momentos das atividades da instalação da Luzitânia no local onde ocorrerão os trabalhos:
Terça-feira – dia 19
Na noite de terça feira, uma última revisão preventiva antes do aumento maior da vazão que viria no dia seguinte. Foto | Canoa de Tolda
Quarta-feira – dia 20
Na manhã da quarta feira, os preparativos finais com os calços, enquanto a vazão seguia aumentando. Segundo a CHESF, após solicitação de informação, a defluência praticada em Xingó era da ordem de 1900 m³/s. Foto | Canoa de Tolda
Ao longo do dia, com a água chegando ao nível próximo da vazão regularizada antes de 2013, eram visíveis os benefícios do maior volume, com o início de alguma melhora na qualidade. Uma camada inicial de vegetação aquática invasora e parte das algas era removida gradativamente. Foto | Canoa de Tolda
Aproveitando a água, para facilitar o trabalho pesado, foi iniciada a remoção das bolinas. Foto | Canoa de Tolda
Sem as bolinas, a canoa ficaria mais leve, com melhor flutuação e podendo ser puxada ainda mais alguns centímetros para terra. Foto | Canoa de Tolda
Em pau d’arco, para não boiar, as bolinas, além do uso na navegação contravento, também são utilizadas para calçarem a canoa em paradas próximas a terra. Foto | Canoa de Tolda
No final da tarde de quarta-feira, em seu porto, a Luzitânia aguardava a arrancada final no dia seguinte. Foto | Canoa de Tolda
Quinta-feira – dia 21
Na manhã de hoje, quinta-feira, com tudo pronto, o início da espera do pico máximo da vazão para o ajuste dos calços. Foto | Canoa de Tolda
A espera pela água é um momento para mirar um rio com um pouco mais de água, paisagem distante. Foto | Canoa de Tolda
Por volta das dez da manhã, a água atinge seu máximo e começa a ser reduzida. É o momento da puxada final da Luzitânia para terra e calçá-la com o primeiro cepo, sob a proa. Foto | Canoa de Tolda
Com cada etapa prevista e preparada, as movimentações ocorrem fáceis e com sucesso. Foto | Canoa de Tolda
Com a régua auxiliando a medir o decréscimo da vazão, tudo agora seria uma questão de tempo e acompanhamento para que a canoa assentasse sem brutalidade sobre os calços. Foto | Canoa de Tolda
No início da tarde a canoa já se encontrava com a proa completamente em seco, bem apoiada sobre o calço. Foto | Canoa de Tolda
A última avaliação do dia, no início da noite de hoje, com a canoa já com quase todo o casco em seco. Tudo em ordem. Foto | Canoa de Tolda
♦ A conservação da canoa Luzitânia é uma iniciativa permanente da Canoa de Tolda.
Imagem em destaque – A Luzitânia sobre calços no local onde serão realizadas a manutenção de conservação. Foto | Canoa de Tolda
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