OPERAÇÃO DE BARRAMENTOS | VAZÕES NA UHE XINGÓ

REDAÇÃO via INFOSÃOFRANCISCO | segunda-feira – 12 de outubro de 2020

Em mais uma reunião (dia 06 passado) dos entes da gestão das águas do rio São Francisco, na chamada Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio São Francisco organizada pela ANA – Agência Nacional de Águas, a UFBA – Universidade Federal da Bahia, através do GRH – Grupo de Recursos Hídricos apresentou proposta de adoção de pulsos de vazão (picos de defluências maiores com duração previamente estabelecida) de modo a simular uma situação próxima de uma cheia natural a partir da UHE Xingó

A discussão sobre aumentos de vazão (cheias provocadas) com volumes próximos e em período temporal coincidentes com aos verificados em épocas pré-regularização é urgente, necessária, não é recente, porém nunca houve avanço.

Até o momento, o modelo de funcionamento de barramentos – dominado pelo setor elétrico e controlado pelo ONS – Operador Nacional do Sistema – não operou uma única vez com o objetivo do serviço ambiental (como por exemplo a manutenção do canal fluvial; a contenção do avanço da intrusão salina; o combate ao processo de assoreamento; a busca de melhoria de condições para a biota; limpeza ambiental de flora de espécies invasoras exóticas).

O conhecimento de que mais água, nos períodos e temporalidades das cheias naturais, é um tema abordado pela gestão do Velho Chico é merecedor de toda atenção da população do Baixo São Francisco. Mas, seria exatamente o que idealizam as figuras lá ao longe destas brenhas, aquilo que imaginamos há anos e anos, de ver o rio bater onde de fato batia? Ou trata-se de mais um produto sob o guarda-chuva dos donos da torneira, para propiciar uma ilusão passageira, tipo um sossega a turma, sem que o objetivo máximo seja de garantir uma possível sobrevida para o São Francisco ?

Acompanhe, conheça mais sobre o tema, na reportagem completa no InfoSãoFrancisco.

◊ Imagem em destaque – Leito do rio ocupado em Pão de Açúcar, no dia 08 de outubro de 2020, vazões da ordem de 2.000 m³/s. Dentro do padrão a partir da regularização pós Sobradinho. Foto: Carlos E. Ribeiro Jr. | InfoSãoFrancisco

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