VIA REDAÇÃO / terça-feira – 04 de fevereiro de 2020
Setor elétrico segue com modelo de operações de barramentos com vazões baixas para o Baixo São Francisco, com grandes variações horárias, agravando a situação precária quanto ao acesso à água pelas populações difusas e o comprometimento cumulativo dos ecossistemas aquáticos: a regra do “até a derradeira gota” continua valendo
Na segunda reunião do ano da Sala de Acompanhamento do Sistema Hídrico do Rio São Francisco (segunda feira, dia 03) mais uma vez o setor elétrico, através do ONS – Operador Nacional do Sistema, estabeleceu, sem maiores dificuldades, a manutenção do modelo de operação (veja a apresentação do ONS aqui) dos barramentos definida no início de janeiro.
O gráfico acima apresentado, sem novidades em relação ao de janeiro, mantém o conceito de rio São Francisco segundo os chamados gestores das águas do rio São Francisco.
Em nosso artigo Ano novo, velha história: o setor elétrico define [sempre] como é o rio tentamos explicar como funcionam as danosas e insuportáveis operações “moduladas” que continuam sendo o padrão do processo do que ainda é tido como gestão.
Como complemento à movimentação do ONS, a CHESF encaminhou a Carta Circular SOO-
002/2020 formalizando as determinações do ONS conforme a reprodução abaixo:
550 m³/s! Vazão mínima autorizada [ainda] em vigor no Baixo São Francisco
Vamos insistir: o sistema elétrico, através da CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, operadora dos principais barramentos na bacia, está funcionando – sem qualquer questionamento tanto pelos demais entes da gestão das águas mas também por órgãos que deveriam defender o patrimônio natural e direitos humanos difusos, além dos estados e municípios afetados e pela sociedade em geral – com a Autorização Especial 012 de 2017 do IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis que garante como vazão mínima 550 m³/s (quinhentos metros cúbicos por segundo), fato divulgado pelo InfoSãoFrancisco.
Imagem em destaque – No alto sertão, acima de Gararu, as consequências de operações de barramentos danosas. Foto | Edson Gois Ferreira via Rede InfoSãoFrancisco © 2020
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