Via Rede InfoSãoFrancisco
quinta-feira – 18 de julho de 2019
Com a permanência de condições chuvosas no alto sertão, os plantios previstos na Reserva Mato da Onça seguem com resultados positivos, estabelecendo boa perspectiva para a consolidação da primeira camada de espécies pioneiras nas zonas prioritárias.
Desde o início do mês de julho que o alto sertão do Baixo São Francisco tem sido beneficiado por chuvas de inverno com boas intensidade e duração.
Após cerca de quatro dias de estiagem, com sol, porém o solo bem molhado, as chuvas voltaram a ocorrer nas caatingas possibilitando a expansão de algumas zonas de plantio na RMO – Reserva Mato da Onça, como previsto pelo Caatingas – Meta 2035.
A temporada de plantios de 2019 na RMO tem obtido resultados preliminares muito interessantes, com ótima adaptação das mudas já plantadas. A resposta, com brotação de novas folhas, crescimento visível – sobretudo em espécies muito reativas como aroeiras, paus d’arco roxos, turcos, catingueiras, barrigudas, cana fístulas e mesmo outras consideradas tradicionalmente mais lentas como as braúnas, burras leiteiras, mulungus, embuzeiros, seriguelas e cajazeiras – é generalizada em todas as zonas de plantio.
O desenvolvimento rápido e adensado de vegetação rasteira, gramíneas, arbustivas (particularmente os pinhões brancos, embiras vermelhas e amarelas) sobre a massa vegetal morta e acumulada desde 2017 tem contribuído para a manutenção de umidade relativa no solo e próxima ao mesmo, além do aumento de zona sombreada nos períodos mais ensolarados.
A perspectiva – a partir de previsões meteorológicas – é de que cheguemos ao final do inverno com percentual grande do total de mudas em situação de enfrentamento do verão sem maiores problemas.
Também é possível criar uma boa perspectiva de florada consistente, indicando uma boa produção de sementes nas matrizes – não muitas, é necessário reconhecer – remanescentes.
As ações de plantio do Programa Caatingas – Meta 2035 na RMO – Reserva Mato da Onça são apoiadas pelo Projeto Opará – Águas do rio São Francisco, iniciativa em cooperação com a UFS – Universidade Federal de Sergipe, através do Programa Petrobras Socioambiental.
Imagem em destaque – No Bebedô, a visão da exuberância das caatingas do grotão do riacho entre duas chuvas – Foto | Canoa de Tolda © 2019
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