A Redação
Na RMO – Reserva Mato da Onça, seguindo a relativa queda de temperatura e início da estação chuvosa (no Baixo São Francisco), com ocorrência de pequenas pancadas de chuva iniciais, foi dada a partida ao preparo dos plantios de maior densidade previstos no programa Caatingas – Meta 2035 de restauro de diversas caatingas da UC – Unidade de Conservação.
Os plantios serão realizados, inicialmente, em uma das zonas prioritárias já definidas, no sopé do serrote sul, zona ripária da RMO. Trata-se de uma faixa preliminar de aproximadamente 400 m de comprimento por 70 m de largura, na qual há uma subzona, com 10 m de largura, onde já estão instaladas as linhas de irrigação por gotejamento para o arranque inicial do crescimento das mudas.
Com um significativo e variado estoque de mudas prontas para plantio através da produção do Viveiro da Reserva, a primeira ação em curso é a abertura das covas que receberão as plantas.
Tendo limitação de equipe engajada, nossos plantios são realizados em “ondas” a partir de situação/evento climático (mesmo dispondo de sistema de irrigação) favorável. Ou seja, na ocorrência de chuvas mais consistentes, mesmo que pontuais, que permitam condições ideais na higrometria do solo e umidade relativa do ambiente. As mudas são preciosas, de difícil produção, sobretudo se há grande preocupação com a preservação do escasso DNA das espécies ocorrentes no Baixo São Francisco. Estando as covas já prontas, tão logo as condições favoráveis ocorram, o plantio em si é relativamente rápido.
Seguimos a regra básica de realizar nossa contabilidade sobre mudas pegadas e não plantadas. Portanto, há que se minimizar de todas as formas o risco de perda de plantas.
A entrada em operação do módulo coberto da sementeira de germinação/fase inicial das mudas, em breve, aumentará consideravelmente o potencial de produção do Viveiro da Reserva atendendo tanto aos projetos internos como também a outros na região, o que contribuirá para a manutenção da RMO.
O projeto do módulo coberto do viveiro, seguindo um padrão EMBRAPA, e a implantação do sistema de irrigação foram realizado com recursos do Projeto Opará (convênio Canoa de Tolda/UFS – Universidade Federal de Sergipe) patrocinado pelo Petrobrás Socioambiental.
Os plantios de mudas, igualmente, contam com apoio de recursos do Projeto Opará.
Imagem do topo – Canoa de Tolda