Rede InfoSãoFrancisco | via O Eco

sexta-feira – 28 de junho de 2019

Cada  vez mais, em todo o mundo, as Trilhas de Longo Curso passam a ser consideradas como importante instrumento de conservação do patrimônio natural, pela conexão entre áreas preservadas, além de suas possibilidades educativas e geradoras de renda com atividades de turismo de natureza e seu conjunto de serviços agregados.

Uma boa notícia para a integração e consolidação das TLCs – Trilhas de Longo Curso no mundo e, naturalmente, no Brasil.

Em matéria no site O Eco, foi divulgado que a UICN – União Internacional para a Conservação da Natureza vem de criar um GT – Grupo de Trabalho voltado para apoio às TLCs. Esse GT, formado por cinquenta especialistas, estará inserido na Comissão Mundial de Áreas Protegidas tendo como objetivo principal a melhoria da gestão das TLCs em todo o mundo.

E, de grande significado para as Trilhas de Longo Curso no Brasil, o GT será liderado por Pedro da Cunha e Menezes, que idealizou a trilha Transcarioca e é um dos criadores do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso (ao qual a TLC Velho Chico está integrada).

Este sistema, que teve sucesso em gerar uma sinalização padrão para as trilhas brasileiras (veja aqui o Manual de Sinalização de Trilhas do ICMBio), foi idealizado durante a gestão de Pedro na Coordenação Geral de Uso Público e Negócios (CGEUP) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Pelo sistema nacional, as trilhas devem ser sinalizadas com pegadas amarelas sobre fundo preto em um sentido e pretas sobre fundo amarelo no sentido inverso. Seguindo esse modelo, cada trilha regional trabalha com sua identidade visual própria. Além de gerar o sentimento de pertencimento, quem trabalha na gestão ou com o turismo na rota da trilha poderá criar produtos, como camisetas, chaveiros, canecas, com a marca pegada regional. Por esse motivo, a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso ganhou em 2018 o Prêmio Nacional de Turismo.

Falando ao O Eco, Pedro Menezes diz que “É com grande alegria que vemos a UICN, maior organização ambientalista do mundo, reconhecer o papel das trilhas de longo curso como ferramenta de conservação. A atribuição da presidência do Grupo ao Brasil também é motivo de felicidade e orgulho, para os mais de 2.000 voluntários e profissionais da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso que nos últimos anos implementaram, com as pegadas amarelas e pretas, mais de 2.500 km de trilhas em mais de 100 unidades de conservação de 17 estados além do Distrito Federal”.

As TLCs são de grande relevância para a conservação do patrimônio natural, pois conectam, além de áreas protegidas, paisagens, comunidades e promovem alternativas interessantes para as economias ao longo de seus percursos.

No caso específico do Baixo São Francisco, os trechos já sinalizados, entre o povoado Ilha do Ferro e a Reserva Mato da Onça, em Pão de Açúcar, AL, aproveitam o secular caminho ao longo das margens do rio São Francisco que leva da foz do rio às cabeceiras, em Minas Gerais.

◊ Fonte – O Eco

Veja o vídeo onde Pedro Menezes fala da importância das Trilhas de Longo Curso.

Imagem do topo – Percorrendo o Caminho dos Canoeiros, na TLC Velho Chico. Imagem | Canoa de Tolda ©2019

Você está acompanhando os conteúdos disponibilizados pela Canoa de Tolda e já deve ter sua avaliação a respeito do que é disponibilizado para apresentar o Baixo São Francisco real em contraposição ao oficialmente divulgado.

Tentamos fazer o melhor possível há 21 anos, divulgando como aqui se vive, de fato; apresentando análises sobre situações variadas do quadro socioambiental da região; investigando aplicações de recursos públicos, dentre tantos temas, e também desenvolvemos projetos culturais, como o restauro da canoa de tolda Luzitânia ou ainda pela conservação da biodiversidade do Baixo São Francisco, como a Reserva Mato da Onça e seu programa Caatingas – Meta 2035.

Por isso, para colaborar, faça sua doação. A Canoa de Tolda não pode deixar de navegar.