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quarta-feira – 12 de junho de 2019
Havendo condições ideais, o tempo dedicado ao preparo estratégico para o restauro de caatingas terá como complemento a resposta imediata para as ações de plantio que, por sua vez, deverão ser ajustadas, pelas características do quadro meteorológico (duração das chuvas, volume, velocidade do vento, localização das chuvas nas zonas de restauro, dentre diversos pontos a serem considerados) e seus reflexos nas áreas a serem trabalhadas.
As chuvas que permanecem ocorrendo no alto sertão do Baixo São Francisco desde o final da última semana, estão possibilitando o prosseguimento das atividades de plantio de mudas nativas na RMO – Reserva Mato da Onça.
Desde o início desta semana, estão sendo reforçadas as zonas estratégicas do grotão do riacho do Bebedô, que teve finalizada sua primeira fase de enriquecimento de espécies, e a faixa ripária próxima à cerca leste. Como se trata de local com solo mais arenoso, onde a umidade permanece por menor tempo e não contará com irrigação de apoio, os plantios para o mesmo estão tendo prioridade de modo a garantir condições mais favoráveis para as mudas na fase inicial de adaptação.
Esta zona – onde há uma capoeira de mata original com árvores de grande porte, principalmente craibeiras, rompe gibão, juazeiros – está recebendo espécies variadas próprias da faixa que, estando a barlavento do trecho de margem da RMO contará também com o vento para ajudar na dispersão natural de sementes.
Como o solo, de modo geral, está mais macio, havendo a suspensão dos plantios, por questões de insegurança de viabilidade de sucesso, será retomado o preparo de covas para as próximas etapas. A abertura de covas é um processo pesado, cansativo, exigindo, no entanto, a atenção para o respeito ao planejamento da distribuição das espécies já selecionadas, inclusive com a organização, espaçamento e localização em relação à indivíduos já existentes no local que possam contribuir para o fortalecimento de capoeiras e matas iniciais mais densas.
Os plantios realizados na RMO estão sendo apoiados pelo Projeto Opará, uma iniciativa da cooperação entre a Canoa de Tolda e a UFS – Universidade Federal de Sergipe, através do edital Petrobras Socioambiental.
Imagem do topo – A melhoria, enriquecimento, da mata do grotão do riacho Bebedô é uma das prioridades no restauro das caatingas da RMO. Imagem | Canoa de Tolda
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