SAÚDE COLETIVA | COVID-19
VIA REDAÇÃO | quinta-feira – 21 de maio de 2020
Com procedimentos ainda precários e populações ribeirinhas (e interiores das margens) extremamente desguarnecidas, o avanço dos casos de contaminação e óbitos provocados pelo novo coronavírus têm aumentos diários, sobretudo em Alagoas
O atendimento às populações difusas (ao longo das margens e povoados) permanece precário e, em particular para os moradores da zona marginal o quadro de acesso à água de qualidade está comprometido com a manutenção de vazões defluentes (1.100 m³/s na UHE Xingó) insuficientes para manter uma biota saudável. O avanço de bancos de vegetação macrófita (exótica invasora) e algas verdes sobre a biomassa de gerações anteriores acelera o processo de eutrofização com perspectivas muito desfavoráveis em futuro não tão distante.
Em meio à pandemia da Covid-19, é preocupante, por razões óbvias, que sejam mantidas operações de barramentos que não atendam às necessidades básicas humanas de tão extensa população. E, claro, dos ecossistemas que são essenciais para a manter o São Francisco em padrões de rio saudável.
Há que se considerar a verificação de ainda intensa navegação difusa de pequenas embarcações, com pessoas que circulam entre ambas as margens e dos portos, para povoados e sedes de municípios. Não são conhecidos controle sanitário e de advertência fora de travessias transversais (balsas e/ou transporte de passageiros) oficiais regulamentadas.
Veja os mapas e tabelas atualizados no espaço específico Covid 19 | Bacia do São Francisco.
Imagem em destaque – Divulgação – MPPE
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