A situação da expansão dos bancos de baronesas (Eichornia crassipes) se agrava em todo o Baixo São Francisco, porém com maior intensidade na região da foz do São Francisco.
A planta exótica, invasora, já é presente no Baixo São Francisco há mais de vinte anos. Porém, com a redução das vazões regularizadas abaixo dos 1.300 m³/ (mil e trezentos metros cúbicos por segundo) estabelecidos como mínimo pelo plano de bacia hidrográfica, o balseiro, como é conhecido na região, rapidamente vem ocupando todos os espaços.
Os bancos causam crescentes problemas na qualidade da água, na navegação (são prejuízos para milhares de pessoas das populações ribeirinhas, que moram em zonas rurais e/ou ilhas que dependem de tranporte aquaviário para seus cotidianos, como estudantes).
O problema não é novo, o quadro é cada vez pior e não são conhecidas ações para o controle e erradicação da espécie. Na região da foz, com marés da ordem de 2,00 m de variação, são observados, na baixa mar, acúmulos dos balseiros nas margens, que apodrecem e criam situações inadequadas de saúde coletiva.
Por JCoelho – Rede InfoSãoFrancisco
Publicado em 29 de março de 2019