Da primeira e marcante visão da canoa Luzitânia em dezembro de 1997, são vinte belos e essenciais anos de convivência com a embarcação símbolo do Patrimônio Naval do Baixo São Francisco.

Chegado o dia do retorno ao rio. Ao final da tarde, somando-se ao incremento da vazão, o pico da maré cheia lamberia o casco da Luzitânia que, enfim, renovada, teria a oportunidade de uma nova vida no movimento da margem do Baixo São Francisco.

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CARLOS EDUARDO RIBEIRO JUNIOR – org. / DAIANE FAUSTO DOS SANTOS – org. e tratamento imagens

Publicado em 20 de abril de 2020

2007

Última noite em terra. Quase dez anos entre a compra, o longo restauro e a volta ao rio.

Foto | Canoa de Tolda

Como atividade final, a ser realizada horas antes do lançamento, viria a pintura da tinta envenenada no casco e no leme.

Foto | Canoa de Tolda

19 de fevereiro. Com o aumento da vazão e a maré enchente, as lagoas e os brejos no entorno do porto da marinha se inundam.

Foto | Canoa de Tolda

Aguardando o momento de embarque, componentes diversos da canoa, como os estrados, peças da mastreação.

Foto | Canoa de Tolda

A moçada local, que vinha acompanhando o dia a dia do restauro ali no porto (desde maio de 2005), foi força de apoio para a montagem final da canoa.

Foto | Canoa de Tolda

A menina Larissa, teimosa toda, sem que fosse solicitada – naturalmente – também quis ajudar, levando um pequeno estrado para a limpeza.

Foto | Canoa de Tolda

Livres da sujeira, lama das chuvas, areia, os estrados estariam prontos para a instalação.

Foto | Canoa de Tolda

Os estrados são peças básicas (são o “piso” da embarcação) para a acomodação da carga a bordo. Devem ser ao mesmo tempo resistentes e o mais leves possível.

Foto | Canoa de Tolda

Desde a manhã do dia 19, a movimentação no porto da marinha foi intensa. Há dezenas de anos um lançamento de canoa de tolda não ocorria em Brejo Grande, no Baixo São Francisco.

Foto | Canoa de Tolda

Em poucas horas, canoa na água.

Foto | Canoa de Tolda

A água vem chegando, e o tempo é pouco para os preparativos finais. Ainda há a pintura do fundo.

Foto | Canoa de Tolda

Enquanto isso, a vida da beira do rio segue com seu rojão, lado a lado com o da canoa.

Foto | Canoa de Tolda

Como as travessias de Piaçabuçu, na outra margem, para a banda de Sergipe.

Foto | Canoa de Tolda

Moitões, cabos, tudo pronto para a montagem, quando for arvorada a mastreação.

Foto | Canoa de Tolda

Canoa pronta, canoa bonita, canoa esperada.

Foto | Canoa de Tolda

Tinta no fundo. Tinta pesada, mas tem de ser ligeiro, para a secagem da primeira demão e aplicação da segunda, logo em seguida.

Foto | Canoa de Tolda

A pintura chegando ao final, restará a manobra de descer a canoa dos calços.

Foto | Canoa de Tolda

E segue a pintura.

Foto | Canoa de Tolda

Pintura pronta.

Foto | Canoa de Tolda

Seguindo a tradição, a canoa seria baixada sobre uma cama de toros de bananeiras, macia, escorregadia, para a empurrada final para a água.

Foto | Canoa de Tolda

Gradativamente, as bananeiras são acomodadas sob o casco, bem juntas, para receber o fundo da Luzitânia.

Foto | Canoa de Tolda

Baneiras e algumas aningas, podadas no caminho a ser percorrido do riacho até o rio.

Foto | Canoa de Tolda

Tendo sido apoiadora da fase final do restauro, a CHESF se fez presente para a documentação do lançamento.

Foto | Canoa de Tolda

Já descida dos calços, a Luzitânia está apoiada sobre a cama de bananeiras.

Foto | Canoa de Tolda

Ainda alguns ajustes na forração, para que não haja dificuldades no momento do empurrão decisivo.

Foto | Canoa de Tolda

Treze anos depois, por onde andará a mais jovem testemunha daquele 19 de fevereiro?

Foto | Canoa de Tolda

Desde o início da atuação da Sociedade Canoa de Tolda no Baixo São Francisco, estamos realizando o registro fotográfico das atividades da entidade e da vida ao longo das margens e da zona costeira da região. A partir de então, foi montado acervo que, atualmente, é composto por cerca de oitenta mil imagens produzidas unicamente pela Canoa de Tolda. Na mesma coletânea temos também inúmeras fotografias cedidas por colaboradores, parceiros ou ainda adquiridas em outras fontes.

Algumas imagens poderão parecer repetitivas e/ou recorrentes. Porém, são apresentadas pois fixaram momentos distintos e/ou significativos de uma situação, um caso.

Outras imagens podem ser conhecidas em nosso Acervo/Fotografia.

Nota – Algumas imagens mais antigas foram produzidas a partir de fotografias em suporte analógico, inclusive com problemas de revelação e ampliação  e não tiveram, na época, digitalização adequada, comprometendo a qualidade do registro. Tais condições não ideais são particularmente observadas em fotografias em preto e branco, pelo fato de que, em Sergipe, na época das captações, o processamento do material não era facilmente realizado.

Ainda assim, optamos em apresentar as imagens, pelo valor documental sobre como se vive (ou vivia) ao longo do Baixo São Francisco.

Esse material, assim como todo o acervo de imagens da Canoa de Tolda, está em processo de recuperação, onde negativos e fotografias em suporte de papel estão sendo novamente escaneados, classificados e organizados para posterior disponibilização ao público.

Imagem em destaque no topo – Em fevereiro de 2007, na véspera do lançamento da Luzitânia às águas do São Francisco.  Foto | Canoa de Tolda.

♦ Artigos de autoria e opinião não refletem, obrigatoriamente, posições e opiniões da Canoa de Tolda, garantindo, no entanto, discussão mais saudável para a busca de um melhor panorama socioambiental