Sergipe

Estado de Sergipe

O nome “Sergipe” tem origem na língua tupi e significa “no rio dos siris”, a região também já foi denominada de “Cirizipe” ou “Cerigipe”, que em tupi significa “ferrão de siri”. No ano de 1590, foi iniciada a colonização da atual região do estado de Sergipe, a região pertencia, anteriormente, à Francisco Pereira Coutinho, cuja capitania existia desde 1534, abrangendo regiões do atual estado da Bahia.

Em 1547, parte do território foi adquirido pelo Rei D. joão III, depois da morte do donatário da capitania da Bahia, como forma de intimidar as investidas dos navegantes franceses, em virtude dessa aquisição, a capitania ficou conhecida como Sergipe d’El Rey.

Antes da chegada dos portugueses, a região já era habitada pelas tribos Tupinambá, Boimé, Kiriri, Karapotó e Aramuru. Há relatos de contatos pré-coloniais dessas tribos com piratas franceses que mantinham uma relação de escambo com os caciques na obtenção de pau-brasil.

Em 1575, foi iniciado o trabalho das missões jesuítas no atual território sergipano, entre elas, a missão de São Tomé, a de Santo Inácio e São Paulo. As missões , que visavam catequizar os índios, foram lideradas pelos jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio.

A catequização visava barrar a colonização francesa efetuada pelos piratas franceses desde a metade do século XVI. Os franceses e a resistência dos nativos foram vencidos com a ajuda dos jesuítas no início do século XVII, e com a ação das expedições militares portuguesas.

O conflito gerou a miscigenação entre portugueses e índios numa terra cujo  os principais atrativos  eram o pau-brasil, o algodão e a pimenta da terra. A conquista da região foi liderada por Garcia d’Ávila, como consequência, possibilitou a aproximação entre Pernambuco e Bahia no processo de colonização, afastando as investidas francesas.

Um dos primeiros povoados de Sergipe foram o arraial de São Cristóvão, o cultivo do açúcar nas terras sergipanas tornaram-se possíveis depois da dizimação das tribos indígenas hostis. O litoral, por ter sido inadequado ao plantio da cana, serviu à criação de gado, que era utilizado como animal de tração nas fazendas da Bahia e de Pernambuco.

Na primeira metade do século XVII, durante as invasões holandesas, a região sofreu perdas econômicas, que só foram superadas após a recuperação das terras pelos portugueses. Até esse momento, as terras do atual estado de Sergipe vaziam parte da atual Bahia.

O processo de separação e autonomia da província foi iniciado em 1820, não havendo êxito, a separação da província da Bahia somente ocorreria em 1823, depois da independência do Brasil. Durante o período imperial, a província de Sergipe teve relevância econômica na produção do algodão somente na segunda metade do século XIX.

Depois da Proclamação da República no Brasil, Sergipe passou a ser denominado Estado da Federação, tendo a sua primeira Constituição promulgada em 1892.