Embarcações Tradicionais a Vela e a Remo

Troncos, balsas, canoas…

As embarcações propulsionadas pela força humana (remos, varas, cordas a partir de terra) e em seguida pela do vento (a vela) são os objetos essenciais das atividades de deslocamento humano sobre as águas, sejam de rios, lagos, brejos, mares, oceanos.

No Baixo São Francisco, onde temos registros de ocupação humana da ordem de cerca de dez mil anos antes do presente, podemos concluir, com pouco risco, que habitantes das margens, por força de necessidade (travessias do rio, de afluentes), tiveram que dar partida à concepção de aparatos para a navegação. A vida ao lado da água necessariamente apresentava a necessidade da navegação.

Como em tantos outros locais, em todo o mundo, um objeto flutuante, provavelmente um pedaço de tronco de árvore, foi o primeiro aparato ao qual, agarrado, o ser humano aumentou seu raio de ação sobre as águas. A observação da possibilidade de agregação de outros troncos, aumentando a flutuação e por conseguinte, a capacidade de carga, levaria, gradativamente, à concepção das primeiras balsas que, muito pouco transformadas, ainda ocorrem na região dos brejos da foz do São Francisco.

Da alvorada da tecnologia naval, ao presente, o Baixo São Francisco foi o cenário de um número diverso de embarcações tradicionais não motorizadas configurando uma rica tradição que, infelizmente pouco documentada, hoje é representada por pouquíssimos remanescentes.

Veja abaixo uma listagem das embarcações tradicionais mais significativas da rica tecnologia naval originada e desenvolvida no Baixo São Francisco

PRINCIPAIS EMBARCAÇÕES NÃO MOTORIZADAS DO BAIXO SÃO FRANCISCO

Canoas de Tolda

Chatas

Jangada de Aninga

Barcaça Costeira

Barco (com bigorna e cara curta)

Canoas de Corrida

Taparica

Taparica da Várzea

Barco de Alto Mar

Clique nas imagens e acesse os ambientes e informações relativos às principais embarcações tradicionais que percorreram as carreiras do rio de baixo.

Imagem do topo – Taparica de dois panos, anos 50 – Imagem | Stivam Faludi | Acervo IBGE

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