Via Rede InfoSãoFrancisco / segunda-feira – 02 de setembro de 2019

Curso proporcionou a primeira etapa de capacitação de cidadãos que, atuando como geojornalistas colaborativos, irão fortalecer a Rede InfoSãoFrancisco inicialmente na região do Baixo São Francisco e, em seguida, com perspectivas de expansão para toda a bacia do Velho Chico

Várias situações que se apresentam: casos que devem ser conhecidos pela sociedade. Porém, é necessário identificar e selecionar, pela maior relevância, urgência, um deles. Em seguida, investigar, recolher e organizar o material obtido, interpretar, redigir, apresentar e distribuir o que ocorre em nossos lugares dentro do “ambiente” socioambiental.

Discussões dentro e fora de sala possibilitaram troca de experiências e propostas para o futuro da distribuição de informações da bacia do São Francisco. Foto | Canoa de Tolda © 2019

Uma grande quantidade de informações que, para serem divulgadas, são organizadas através da integração de mapas com dados, com imagens, vídeos ou ainda com gráficos. Buscando o entendimento e visão crítica do que ocorre na região foco da história e suas relações ou interferências em outras regiões. Tudo com uma boa parte desse material produzida por uma rede de geojornalistas/informantes cidadãos, que compõem, no caso, a Rede InfoSãoFrancisco.

Em não tão poucas linhas, foi o que os participantes a 1ª. Oficina de Geojornalismo Cidadão do Baixo São Francisco. puderam aprender, em etapa inicial (estão previstas outras capacitações) neste final de semana (dias 30 de agosto e 1º. de setembro) no Mato da Onça e na Reserva Mato da Onça, base/sertão da Canoa de Tolda.

Durante os dois dias, com aulas em sala de aula e práticas, o jornalista ambiental Gustavo Faleiros, um dos fundadores e coordenador do InfoAmazonia (a plataforma pioneira na organização e divulgação de informações associadas à cartografia lançada em 2012) trouxe para o alto das caatingas do Baixo São Francisco suas experiências e de sua equipe para a preparação da Rede InfoSãoFrancisco.

Participantes da comunidade local, de outros pontos do Baixo São Francisco e mesmo de cidades mais distantes, como Aracaju tiveram a oportunidade de acesso à  procedimentos de tratamento de informações, imagens, uso de sistemas de cartografia e a integração desses diversos elementos para a elaboração de histórias  vinculadas à mapas com camadas temáticas.

Pela Trilha Velho Chico, na Reserva Mato da Onça, a prática em campo do aprendizado em sala. Foto | Canoa de Tolda © 2019

As aulas teóricas foram realizadas na Escola Rural do Mato da Onça e a aplicação dos exercícios práticos ocorreu na Reserva Mato da Onça, sendo percorrido trecho do Caminho dos Canoeiros, um dos segmentos da Trilha de Longo Curso Velho Chico no Baixo São Francisco.

A realização do curso mantém a proposta da Canoa de Tolda de, em contraponto ao difícil acesso – para as populações do Baixo São Francisco – à oportunidades interessantes de aprendizado com boa qualidade, trazer para a margem atividades relacionadas com as vidas aqui levadas.

A 1ª. Oficina de Geojornalismo do Baixo São Francisco foi uma iniciativa da Canoa de Tolda,  com o suporte do Projeto Opará – Águas do Rio São Francisco (cooperação da Canoa de Tolda com a UFS – Universidade Federal de Sergipe, através do Programa Petrobras Sociomabiental)

Imagem em destaque – Na escola rural do Mato da Onça, no alto sertão, uma possibilidade de caminho para o futuro. Foto | Canoa de tolda © 2019

Você está acompanhando os conteúdos apresentados pela Canoa de Tolda e já deve ter sua avaliação a respeito do que é disponibilizado para apresentar o Baixo São Francisco real em contraposição ao oficialmente divulgado.

Tentamos fazer o melhor possível há 21 anos, expondo como aqui se vive, de fato; publicando análises sobre situações variadas do quadro socioambiental da região; investigando aplicações de recursos públicos, dentre tantos temas, e também desenvolvemos projetos culturais, como o restauro da canoa de tolda Luzitânia ou ainda pela conservação da biodiversidade do Baixo São Francisco, como a Reserva Mato da Onça e seu programa Caatingas – Meta 2035.

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