Fim de 2005, início de 2006. Os trabalhos da Luzitânia ainda seguem, priorizando a permanência em Piaçabuçu e Brejo Grande, onde a canoa tem seu estaleiro provisório. Ainda há trabalho considerável, o que não impede, no entanto, navegações, excursões e registros na região e ao longo do rio até o sertão, sempre que possível.

Carlos Eduardo Ribeiro Junior – org. / Daiane Fausto dos Santos – org. e tratamento imagens

Publicado em 17 de agosto de 2019

2005

As caminhadas pelos muros das lagoas de arroz ou das margens da malha de riachos e brejos em Brejo Grande eram magníficas.

Foto | Canoa de Tolda

Na banda de Alagoas, o derradeiro trecho de manguezais antes dos extensos cordões de dunas (que vão da foz até o pontal do Peba, cerca de 20 km mais ao norte) o porto tranquilo, ainda bom de se passar o dia.

Foto | Canoa de Tolda

As dunas da foz, em Piaçabuçu (APA de Piaçabuçu) AL.

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Do farol do Cabeço, isolado no mar, a vista para o sudeste.

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Nas dunas da APA de Piaçabuçu, AL.

Foto | Canoa de Tolda

Os derradeiros botes a pano, no porto do Saramem, que investiam no mar, para a pesca do peixe grande de água salgada.

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Mirando para o sul, do farol do Cabeço, a linha costeira da ilha do Arambipe, que segue atá a ponta dos Mangues e em seguida, pela praia de Santa Izabel, até Aracaju.

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Em 2005 o naufrágio do farol do Cabeço (haveria outra qualificação?) ainda apresentava alguma integridade. O suficiente para sua recuperação que nunca foi realizada.

Foto | Canoa de Tolda

A vista para oeste, da porta do farol do Cabeço, permite divulgar parte do remanescente do pontalete (o Pela Pau) do Arambipe, extremo nordeste do estado de Sergipe, na foz do São Francisco.

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Porto do terreno de Dona Dodora e Seu Chico, no Saramem. Do horizonte da boca do rio, vem a zoada da pancada do mar nas croas da barra de fora.

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Do outro lado, em Alagoas, o porto quieto dos manguezais, cajueiros e coqueiros no pé das duas da APA de Piaçabuçu.

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Tempos, ainda, de tira-gostos simples, nas bodegas de beira de cais.

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Na maré cheia, no porto do pé das dunas, no verão, ao abrigo dos ventos fortes de nordeste, banhos quase dormidas dentro da água quase doce.

Foto | Canoa de Tolda

2006

Na madrugada, vigiando os covos de camarão de água doce, no riacho da Praúna, em Brejo Grande, SE.

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Os camarões recolhidos, vupt no balde, com folhas de aninga, para manter os bichos frescos e vivos, na balsinha igualmente construída com talos de aninga.

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Seu Zé Menino de Manga Rosita, o derradeiro pilãozeiro da região, lavrando um pilão de pilar arroz sentado.

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Os pilões devem ser feitos com pau de mangueira, boa de lavrar e razoavelmente durativa. Mas, arroz acabou, pilão pra que? Objeto sem serventia.

Foto | Canoa de Tolda

Muitas vezes, em domingos, a faxina das lanchas e um dia mais solto, lá na foz, no porto do pé das dunas.

Foto | Canoa de Tolda

Na barreta do riacho da Mutuca, em Brejo Grande, o que restava de navegação a pano. Hoje, só na lembrança.

Foto | Canoa de Tolda

No ponta do Peba, na barra do riacho Canduípe, a praia extensa, que segue até a foz do São Francisco, 20 km mais ao sul.

Foto | Canoa de Tolda

As magníficas dudas do Peba, se estendem do pontal até a foz, com lagoas, restingas, brejos.

Foto | Canoa de Tolda

Na foz, suas dunas na margem de Alagoas.

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Maré seca pela manhã. Vento forte, verão, domingo. Dia de brincadeira nas croas da ilha da Criminosa, a penúltima ilha antes do oceano Atlântico. Brincadeira que não é tão de menino.

Foto | Canoa de Tolda

Os barquinhos, cavados em mulungu, com seus panos, são cuidadosamente montados e aí é que a coisa não presta, não.

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Meninos, menos meninos, velhos, todos correndo pareando com seus barcos, numa corrida pelas águas bem rasas das croas, até onde der.

Foto | Canoa de Tolda

Brincadeira maravilhosa.

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Desde o início da atuação da Sociedade Canoa de Tolda no Baixo São Francisco, estamos realizando o registro fotográfico da vida ao longo das margens e da zona costeira da região. A partir de então, foi montado acervo que, atualmente, é composto por cerca de oitenta mil imagens produzidas unicamente pela Canoa de Tolda. A essa coletânea temos ainda inúmeras fotografias cedidas por colaboradores, parceiros ou ainda adquiridas em outras fontes.

Como referência aos vinte anos da Canoa de Tolda em seu movimento completados em 2018, serão publicadas matérias em série com seleção das imagens mais significativas desde os idos de 1997.

Algumas imagens poderão parecer repetitivas e/ou recorrentes. Porém, são apresentadas pois fixaram momentos distintos e/ou significativos de uma situação, um caso.

Outras imagens podem ser conhecidas em nosso Acervo/Fotografia.

Nota – Algumas imagens mais antigas foram produzidas a partir de fotografias em suporte analógico e não tiveram, na época, digitalização adequada, comprometendo a qualidade do registro. Ainda assim, optamos em apresentar as imagens, pelo valor documental sobre como se vive (ou vivia) ao longo do Baixo São Francisco. Esse material está em processo de recuperação.

Imagem em destaque no topo – No Saramem, Brejo Grande, SE, o porto defronte ao terreno de Da. Dodora e Seu Chico.  Foto |  Canoa de Tolda © 2019